Na reta final, Heloísa Helena ataca Lula e Alckmin
MONIQUE OLIVEIRA
da Folha Online
Com apenas uma semana para as eleições, a candidata do PSOL à Presidência, Heloísa Helena, aproveitou para atacar tucanos e petistas em comício realizado neste sábado, debaixo de chuva, no centro de Guarulhos (15 km a norte de SP).
Para ela, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, representam a “mesma moeda podre, cínica e delinqüente do país.”
“Eu espero que o povo reconheça que a nossa candidatura [do PSOL] seja a superação dos dois lados podres representados pelas candidaturas do PT e do PSDB”, afirmou.
Segundo Heloísa, Lula e Alckmin “patrocinam a roubalheira dos cofres públicos e o parasitismo da máquina pública” com a montagem de “gangues partidárias.”
A candidata do PSOL também combateu o modelo de governo que, de acordo com ela, é representado pelas duas legendas. “Felizmente, há aqueles que não perderam a vergonha e querem superar a farsa técnica e política que é o projeto neoliberal”, disse.
“Golpismo da Oposição”
Heloísa Helena rebateu ainda críticas do presidente Lula de que haveria um clima de “golpismo da oposição” nas denúncias de suposta compra de dossiê contra tucanos pelo PT.
“Eu acho que quem está golpeando a democracia brasileira é o presidente. Ele que precisa explicar a origem de tanto dinheiro. Qualquer pessoa pobre que fosse achada com alguns reais iria apanhar em uma penitenciária.”
A própria candidata, no entanto, supôs a procedência de “tanto dinheiro em espécie” encontrado com “pessoas ligadas ao PT.”
“Ou vem do narcotráfico, ou do crime organizado, ou dos cofres públicos, que podem liberar dinheiro sob a intermediação de alguma entidade, ou do caixa dois, via alguma empresa.”
Disputa
Ainda otimista com a possibilidade de disputar o segundo turno, a candidata do PSOL repetiu em comício a mesma mensagem de sua propaganda eleitoral na TV. “Vamos conseguir mais dois votos e chegar ao segundo turno.”
Heloísa ainda brincou com militantes e disse que se conseguisse cinco votos, a eleição iria ficar “sem graça”. “Temos que enfrentar a majestade barbuda [presidente Lula].”
Sobre sua campanha nos últimos dias que antecedem o pleito, ela foi categórica. “Vou continuar trabalhando muito para chegar até o final”, afirmou.
Leia na Folha Online.
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