Crise BRA – Cobertura Congonhas
Passageiros ficam sem informação e não obtêm acordo em Congonhas
MONIQUE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Desempregada, a dona-de-casa Elisandra Andréia da Silva, 33, planejava reencontrar o filho que tinha ido morar em Natal com o pai. Com passagem da BRA marcada para o dia 28, ela tentava ontem conseguir reembolso do dinheiro na loja da empresa no aeroporto de Congonhas.
“Me disseram que eu tenho que esperar até 30 dias, mas não tenho dinheiro hoje para comprar outra passagem.”
Assim como Elisandra, estar longe da família era o drama do aposentado Antônio Gomes da Silva, 62. Ele planejava visitar a irmã na Bahia e, quando soube do cancelamento dos vôos, foi ao Procon se informar. “Estou com todo tipo de papel aqui para receber meu dinheiro de volta.”
Para quem quer reclamar na Justiça, no entanto, o Juizado Especial Cível em Congonhas suspendeu os acordos feitos até quarta-feira para o embarque em outras companhias aéreas.
O motivo, segundo Márcia Negretti, diretora do juizado, é a falta de um posto da BRA que representasse a empresa para intermediar o acordo com os consumidores.
Até as 16h de ontem, o juizado registrou 17 reclamações sem acordo e apenas uma resolvida com o embarque do passageiro.
Nos balcões de check-in da TAM, Gol, e Varig em Congonhas, a informação dos funcionários era que os passageiros da BRA conseguiam embarcar sem problemas. Para a comerciante Danúbia Menezes, 37, que tentava trocar seu bilhete na Gol, não há facilidades.
“Eu fiquei na quarta-feira aqui esperando uma informação, disseram que iam trocar meu bilhete e hoje não podem mais.” Ela, que voltou para a loja da BRA, diz ter ouvido de uma das funcionárias da empresa um desabafo: “Ontem te disseram que iam trocar seu bilhete, eu também tinha um emprego ontem e não tenho mais”.
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